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O futuro do trabalho - desafios e oportunidades do home office

Empresas e colaboradores estão preparados para essa dinâmica?

Junior Almeida

Junior Almeida

— Desenvolvedor Front-end

Categoria: Employer Branding

Tempo de leitura 4 Minutos

Data de publicação: 21.12.2023

O futuro do trabalho - desafios e oportunidades do home office

O mundo do trabalho enfrenta um grande dilema: à medida que a pandemia parece ter sido controlada em muitas partes do mundo, as empresas estão intensificando os esforços para trazer os funcionários de volta ao escritório. A tão apreciada flexibilidade de trabalho, alcançada durante a pandemia, parece estar ameaçada à medida que os líderes buscam maior controle sobre seus funcionários, como demonstram reportagens de portais como Folha de S.Paulo, Terra e Adrenaline.

Uma pesquisa recente feita em julho de 2022 pela empresa de tecnologia empresarial Owl Labs, em parceria com a consultoria Global Workplace Analytics, descobriu que os funcionários se opõem cada vez mais ao retorno a um ambiente de trabalho totalmente presencial. No entanto, muitos líderes parecem despreocupados com isso.

O estudo destaca ainda que os funcionários não apenas resistem, mas também estão dispostos a agir. Se a flexibilidade para trabalhar remotamente fosse abolida, 66% dos trabalhadores afirmaram que procurariam imediatamente outro emprego com essa flexibilidade. Na minha leitura, esses dados mostram que os funcionários não estão dispostos a sacrificarem a saúde por um retorno irrestrito ao escritório.

E quem pode culpá-los? A flexibilidade no local de trabalho não é apenas um benefício; é uma necessidade e uma forma de inclusão, como é citado pela Folha de S.Paulo.

No entanto, à medida que os trabalhadores procuram o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, muitos líderes parecem determinados a inverter esse objetivo. Empresas como o Google, conhecidas por suas vantagens e ambiente de trabalho amigável, agora têm requisitos rígidos para estar no escritório, mesmo que isso signifique o declínio da saúde mental e um desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional do funcionário, como é citado em uma reportagem do Estadão.

A pesquisa do Owl Labs também revelou um aspecto importante: os líderes estão desatualizados.

Apenas um terço (36%) dos empregadores investiram em novas tecnologias de videoconferência desde o início da pandemia.

Comparativos de telas escuros e claras

Isto mostra que muitas pessoas não estão preparadas para adotar a tecnologia que pode criar um modelo de trabalho híbrido eficaz. Além disso, quase metade dos trabalhadores (49%) acredita que os gestores consideram quem está no escritório mais trabalhador e confiável do que os colegas distantes, demonstrando uma percepção distorcida da realidade dos seus colaboradores.

A pesquisa também mostra uma lacuna na confiança entre trabalhadores e empregadores. A falta de flexibilidade na política de trabalho faz com que 53% dos colaboradores percam a confiança na empresa. Embora os líderes possam acreditar que um regresso rígido ao escritório trará mais inovação e colaboração, a realidade é que correm o risco de perder talentos valiosos como resultado dessa abordagem.

À medida que os líderes apelam ao regresso ao escritório, é importante lembrar que o futuro do trabalho está mudando rapidamente. A capacidade de trabalhar em casa é cada vez mais importante para os funcionários que não querem trocar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal pelo trabalho presencial. As empresas que não adotam um modelo flexível correm o risco de perder talentos para empresas que entendem a importância de respeitar as necessidades individuais dos colaboradores.

Aqui, na Jogajunto, temos um sistema de trabalho super flexível, onde o funcionário tem liberdade de horas trabalhadas e não precisa ficar reportando ao superior hora após hora. Aqui, basta assumir a responsabilidade e profissionalismo de entregar todas as tarefas no final do dia/semana, e tudo ficará bem.

Mas sou defensor do trabalho remoto desde que ele não prejudique a produtividade de cada profissional. Sei que existem diversos outros profissionais que não conseguem se adaptar ao trabalho 100% remoto e precisam estar dentro de um ambiente corporativo para desempenharem o seu melhor.

No fim, este texto não é sobre discordar das decisões das grandes empresas. Isto é um apelo para que elas promovam a liberdade de trabalho para cada profissional escolher qual é o melhor método para que tenha a mais alta performance em suas demandas.

Junior Almeida

Junior Almeida

— Desenvolvedor Front-end

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